O desejo de abrir uma empresa é algo que muitos brasileiros tem em comum. Porém existem tantos detalhes por trás do próprio negócio que a maioria desiste antes de começar. Afinal, é preciso adquirir equipamentos, contratar funcionários, obter autorização dos órgãos fiscalizadores e muito mais. No entanto, um fator que é constantemente negligenciado pela falta de conhecimento é o capital de giro.
O capital de giro é o dinheiro necessário para bancar as atividades da empresa e manter as despesas em dia. Com valor em caixa, a empresa tem “giro” para funcionar até que entrem receitas. Sem ele o negócio corre o risco de enfrentar problemas financeiros que atrapalham o seu crescimento e, em situações mais graves levam o negócio à falência.
Se você ainda não entendeu, não tem problema, tudo o que você precisa saber sobre o capital de giro está aqui. Confira:
O que é capital de giro?
Em resumo, o capital de giro é o dinheiro que a empresa deve manter em caixa — como uma reserva — para assegurar o seu funcionamento, cobrir todas as despesas e fazê-la crescer. O termo “giro” se refere a todas as movimentações de dinheiro do negócio.
Nesse caso, há recursos que entram (ativos) e outros que saem (passivos) do caixa da empresa, porém não se espante se em alguns momentos houver mais despesas do que fonte de receita.
Por isso é muito importante ter capital de giro suficiente para arcar com todas as despesas do negócio nesse intervalo entre os pagamentos e recebimentos, mantendo o equilíbrio entre ativos e passivos.
Existem 4 tipos diferentes de capital de giro, e é fundamental entender quais são as diferenças entre eles. Olha só:
Líquido: São os recursos financeiros da empresa, exceto os não circulantes, como bens e imóveis;
Negativo: Se trata de um alerta e acontece quando os recursos disponíveis não são suficientes para quitar os débitos existentes;
Próprio: É o capital da empresa, sem a necessidade de empréstimos;
Associado a investimentos: É usado para cobrir as despesas que a empresa terá ao fazer determinado investimento.
Como fazer o cálculo?
O primeiro passo é ter um bom planejamento, detalhar todos os gastos a curto e longo prazo e as possíveis entradas de dinheiro. Agora, para saber o seu capital de giro é possível usar o seguinte cálculo: separe suas contas a receber e some com o valor disponível em estoque. Em seguida, subtraia do resultado, as contas a pagar e o valor de impostos e despesas.
Quando for necessário determinar o capital de giro líquido disponível (CGL) em um período específico, basta somar do ativo circulante (AC), que é o valor de pagamentos dos clientes, e subtrair o passivo circulante (PC), que representa os gastos da empresa.
Como manter a saúde financeira da empresa saudável?
Saber o que é o capital de giro e como calculado é fundamental para toda e qualquer empresa. Contudo, para manter o financeiro em dia e de preferência no azul é preciso tomar algumas medidas preventivas. Por isso, separei algumas dicas para você:
Faça corte de gastos
Avalie seus custos e identifique quais deles podem ser cortados sem afetar drasticamente a empresa. Mantenha sempre o olho no fluxo de caixa para manter as despesas em dias. Muitas empresas acabam indo a falência devido a má administração do capital de giro. Você não quer que isso aconteça com seu negócio, né?
Seja disciplinado
Nada de usar o capital de giro para cobrir alguma despesa e não repor a mesma quantia quando entra dinheiro em caixa, esse pode ser o começo da bola de neve. Então seja cuidadoso com o financeiro da sua empresa, reduzindo possíveis riscos no futuro.
Faça empréstimo (se necessário)
Caso tenha dívidas para quitar e não tenha dinheiro em caixa, o empréstimo é a melhor alternativa. Porém, é preciso se planejar para não acabar enfiando os pés pelas mãos. Não faça um empréstimo se a sua empresa não possui opções para quitá-lo.
Fonte: Echosis